quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

II Estafeta Strix Team - S. José da Lamarosa - Coruche




Realizou-se no passado Domingo, 6 de Dezembro, a segunda edição da Estafeta Strix Team realizada na localidade de S. José da Lamarosa, concelho de Coruche.
Marcaram presença três elementos dos Projecto MPM (Paulo Santos, Bruno Atalaia e Diogo Facas). Chegámos à Lamarosa já perto das 9h e fomos directos ao secretariado para levantar os dorsais e as ofertas. Decorreu tudo com rapidez. As ofertas surpreenderam pela positiva com dois sacos. Um com os mais tradicionais bonés, canetas, fitas porta-chaves e uma original placa de madeira com o logótipo da Strix gravado a fogo. O outro saco, uma oferta de um dos patrocinadores, era composto por dois pacotes de arroz e duas embalagens de purá pré-cozinhado.
Foi então altura de nos equiparmos e preparar as máquinas. Seguidamente dirigimo-nos para a zona de partida, que se encontrava bem animada, com o "speaker" de serviço a entreter o pessoal.
Fotografia de Alberto Nunes

A partida teve início por volta das 9h30 (mais coisa, menos coisa). O percurso estava bem sinalizado e tinha zonas de extremamente divertidas de se fazer, onde éramos obrigados a puxar pelos dotes técnicos para se ultrapassarem as dificuldades apresentadas.

Fotografia de Alberto Nunes

Para quem escolheu fazer a estafeta a solo (como nós) o percurso embora pesado não se mostrou monótono, antes pelo contrário. Quando nos aproximávamos de uma zona mais técnica lá nos empenhávamos um pouco mais de modo a fazer melhor do que tinhamos feito na volta anterior.
Os abastecimentos estavam bem compostos, contendo águas, sumos, fruta e bolos secos em boa quantidade. De salientar a simpatia demonstrada pelas pessoas que estavam nos postos de abastecimento/controlo pois com o S. Pedro a prometer água a qualquer momento nunca perderam a boa disposição.

Fotografia de Alberto Nunes

Quanto à nossa prestação, foi boa apesar de alguns contratempos. A meio de segunda volta o Diogo começou a acusar cansaço (segundo ele devido à falta de treino). Na última volta foi a vez de o Bruno se ver a braços com as cãimbras, que o acompanharam durante uma boa parte da terceira volta, dando o seu maior sinal na última subida antes da meta. Quanto a mim, senti-me muito bem nas duas primeiras voltas, mas na última devido a ter baixado o ritmo para seguirmos os três juntos até ao final comecei a quebrar um pouco.

Fotografia de Alberto Nunes

No final fizemos o pleno do pódio na categoria a solo, tendo ficado eu em primeiro, o Diogo em segundo e o Bruno em terceiro. A disposição final ficou combinada no fim da segunda volta, isto caso não houvesse ninguém a colocar em causa a nossa estratégia. Só foi pena não haver mais participantes a solo a rodar ao nosso ritmo, pois a emoção seria outra.

Fotografia de Alberto Nunes

Os banhos foram com água quente (que nesta altura do ano sabe sempre bem), embora com pouca pressão.
Seguiu-se o almoço, que estava muito bom mas não era propriamente o mais aconselhado para quem tinha terminado de fazer um esforço intenso durante tanto tempo. Quem quisesse podia repetir.
Finalizado o almoço seguiu-se a entrega de prémios. Mais uma vez o "speaker" a animar o pessoal. Houve troféus para as três primeiras equipas, para os três primeiros atletas a solo, para o atleta que fez a melhor volta, para o grupo mais numeroso e para o atleta que foi mais vezes ao tapete. Mais uma vez a organização surpreendeu com os troféus, pois em vez de atribuírem as tradicionais taças ou medalhas, deram um troféu no mínimo original, aproveitando uma das matérias primas mais abundantes na zona, o Sobreiro (ou Chaparro). O troféu consistia num toro de Sobreiro com o logo da Strix gravado com um prato pedaleiro cravado. Quanto maior a classificação maior era o toro de Sobreiro e o prato pedaleiro.

Esta organização surpreendeu-me e vou passar a ficar atento aos eventos por eles organizados, pois conto participar em mais.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

3º CR/XCO QVG Bike Team (Barreiro)

Realizou-se no Domingo, 22 de Novembro, a terceira edição do Contra-Relógio/XCO organizado pelo grupo QVG Bike Team do Barreiro. O contra-relógio estava reservado aos atletas mais novos incluídos nas categorias de Escolinhas, Infantis e Iniciados. A prova de XCO estava reservada para os atletas dos escalões Cadetes, Juniores, Sub-23, Elites, Veteranos A e Veteranos B.

A prova de contra-relógio desenvolveu-se num percurso de aproximadamente 500 metros, onde os atletas do escalão Escolinhas tiveram de percorrer duas voltas, três voltas para o escalão de Infantis e quatro voltas para o escalão de Iniciados.

Classificações do contra-relógio:

Escolinhas Femininos:
1º - Ana Cruz - QVG Bike Team - 6m27s
2º - Ana Torres - QVG Bike Team - 7m18s

Escolinhas Masculinos:
1º - Bernardo Safaneta - VBBikes - 4m46s
2º - Rafael Oliveira - Individual - 6m35s
3º - Carlos Rodrigues - QVG Bike Team - 9m48s

Infantis Femininos:
1º - Joana Correia - VBBikes - 6m06s
2º - Ana Rodrigues - QVG Bike Team - 9m56s

Infantis Masculinos:
1º - César Sequeira - Individual - 6m07s
2º - Fábio Teixeira - Individual - 8m05s
3º - José Rosado - QVG Bike Team - 8m07s

Iniciados Femininos:
Não houve concorrentes

Iniciados Masculinos:
1º - Diogo Falcato - CNAlvito - 7m39s
2º - Hugo Palhais - CNAlvito - 7m54s
3º - José Moço - CNAlvito - 8m00s


A prova de XCO decorreu num percurso muito interessante tanto técnica com fisicamente, onde tinha de tudo um pouco. Uma extensa recta logo a seguir à linha de partida, para que não houvesse grandes confusões entre os atletas, singles com um grau técnico já considerável, subidas com inclinações respeitosas, muita lama, alguma areia, ou seja, tudo ingredientes para um excelente circuito de XCO.

Comecei a prova um pouco apreensivo pois não tive tempo de fazer um reconhecimento do percurso, pelo que a primeira volta foi de aprendizagem. Na primeira volta tive o primeiro percalço, na zona mais enlameada, a escolha da trajectória não foi a melhor e a roda de trás derrapou-me pelo que fiquei deitado a ver o pessoal a passar. Foi tempo de levantar-me e tentar recuperar posições. Eis que chego à subida mais complicada do circuito, subida esta em que não compensava muito fazê-la toda montado, pois o desgaste fisíco era bem superior do que fazê-la a pé já que apresentava uma curva a 180º com o piso muito solto. Passada esta parte voltavam novamente os singles, este com um pinheiros ou eucalipto (não reparei bem que árvore era) de mãos dadas com o single, como que a querer um abraço de alguem menos afoito. Seguiu-se um pouco de alcatrão que largava-se uns metros mais adiante para a zona que para mim era mais cansativa. Uma subida com um terreno incrivelmente pesado, onde mais uma vez a medida 2,25 dos meus pneus não é de todo a mais indicada. Passada esta zona, era novamente altura de diversão, com um single em que a entrada para o mesmo era feita em grande velocidade e que depois tinha uma sucessão de curvas que se faziam sempre em grande velocidade. Entrava-mos seguidamente na parte de recuperação, onde seguia-mos por um estradão a descer que permitia recuperar um pouco o fôlego. Findo o estradão era altura de virar à direita (nesta curva cometi o mesmo erro por duas vezes, que foi entrar com excesso de confiança e a roda da frente resvalar, tendo na primeira vez perdido muito tempo, pois seguia com uma transmissão algo pesada) e entrar num single a subir com algumas mudanças de direcção mais apertadas. Passado a zona deste single entravasse numa zona de grande velocidade novamente, com uma sucessão de curvas e contra-curvas apertadas que culminava com uma descida curta mas inclinada e cheia de regos de água. Daqui era subir até à zona de meta.

No geral, posso dizer que a minha participação foi bastante positiva, tendo terminado em 2º lugar dos escalão Elites e mesma posição na geral.


Classificações do XCO (só compareceram atletas masculinos. As meninas desta vez ficaram em casa):

Cadetes (3 voltas):
1º - Ricardo Laia - A.C.Fidalbike - 0h53m41s
2º - Tomás Araújo - Individual - 0h58m20s

Júniores (4 voltas):
1º - Fábio Torres - QVG Bike Team - 0h56m37s
2º - Fábio Abreu - Individual - 1h02m23s
3º - Tiago Bernardo - Individual - 1h35m17s

Sub-23 (5 voltas):
1º - João Rosa - G.D. Volta da Pedra - 1h18m20s
2º - Ricardo Reis - QVG Bike Team - 1h20m38s
3º - Tiago Correia - VBBikes - 1h23m28s

Elites (5 voltas):
1º - Marco Meira - VBBikes - 1h13m32s
2º - Paulo Santos - Projecto MPM - 1h16m10s
3º - Pedro Correia - CicloPinhal - 1h17m41s


Veteranos A (4 voltas):
1º - António Valadas - VBBikes - 0h56m12s
2º - José Castelo - QVG Bike Team - 0h57m30s
3º - Nuno Patrício - CNAlvito - 0h57m37s

Veteranos B (3 voltas):
1º - Miguel Mestre - Superbikes - 0h45m38s
2º - António Sequeira - Rodas de São Mamede - 0h48m53s
3º - Joaquim Patrício - CNAlvito - 0h56m37s

Challenge Series #4 - Tomada dos Fortes

Realizou-se no passado Sábado, dia 14 de Novembro, a 4ª etapa da Challenge Series, desta feita organizada pelos nossos companheiros de pedaladas Grupo BTT Todos No Trilho (TNT-CPCD).
O levantamento do dorsal foi rápido e quando pensava que não iria receber ofertas nenhumas (pois tratou-se de um evento à borla), eis que sou surpreendido com um saquinho com umas fitas porta-chaves e uns quantos folhetos publicitários. Junto ao secretariado estava à disposição dos participantes uma longa mesa com muito por onde escolher para que ninguém arrancasse para o percurso de barriga vazia (mais uma vez também não estava a contar com isto, visto que o custo foi 0€.


O início do Challenge deu-se por volta das 8h20, depois de um breve brieffing onde fomos alertados para o que nos esperava neste longo dia de BTT. O início de pedaladas decorreu por alcatrão para aquecermos a máquina. Passados poucos minutos estávamos a entrar em contacto com a terra. O primeiro contacto foi como que uma premonição do que iríamos encontrar durante os primeiros quilómetros. Terreno pesado, com barro que se agarrava literalmente aos pneus e que teimava em não os abandonar.

Por volta dos 12/13 km's o percurso seguia por uma subida em que já não bastava o barro super aderente, ainda continha muita gravilha, o que foi uma combinação excelente para criar pneus sobredimensionados e de peso excessivo. Foi nessa subida que cheguei à conclusão que o setup de pneus que estou a utilizar não é o mais aconselhado para esse tipo de pisos, pois a medida 2,25 deixa muito pouco espaço livre entre o pneu e o quadro/suspensão, levando a que as rodas bloqueiem muito facilmente. Durante umas centenas de metros tive de carregar com a bicicleta às costas, pois já nem a empurrar ela queria andar de tão presas que as rodas estavam. Durante essa caminhada pensei seriamente em apanhar a estrada de alcatrão e rumar ao ponto de partida, mas ainda bem que não o fiz. Pouco depois de passar essa zona complicada deparo-me com uns colegas de pedaladas que estavam a lavar as suas bikes com uma mangueira gentilmente cedida pelo dono de um café, e então aproveitei a onda e lavei também a minha.
Depois de lavada e lubrificada estava na hora de seguir caminho, e foi sempre a curtir. Com medo que houvesse mais zonas com a mistura explosiva de barro e gravilha, aumentei um pouco mais o ritmo para que não voltasse a ter os mesmos problemas, pois com uma rotação mais elevada das rodas o barro já não agarrava tanto.

foto da autoria de Diogo Mota

Excusado será dizer que o percurso era um sobe e desce constante, onde tão depressa estava a subir uma parede enorme numa relação 22x32 como no momento a seguir estava a curtir um single a alta velocidade. Era um autêntico desafio às capacidades físicas, técnicas e psicológicas de cada um.
Sempre que chegava a um topo, normalmente havia por lá um forte, uns melhor conservados, outros nem por isso.

Quando cheguei à zona de Loures já sabia que o percurso seria mais suave, onde aproveitei para descansar um pouco as pernas, já que rolou-se durante largos quilómetros na Várzea de Loures quase sempre no plano. Chegado a Sacavém, entro numa parte já minha conhecida, pois pertence ao Caminho de Fátima/Santiago de Compostela. Foi um prazer recordar aqueles trilhos junto à margem esquerda do Trancão, encontrando novamente os cavalos à solta como quando fui para Santiago. Foi um reviver de emoções jamais esquecidas.
A última subida do dia levou-me até ao Parque Urbano de Santa Iria da Azóia, um espaço muito agradável e com boas condições para se passar um dia descansado. Daqui foi seguir quase sempre a descer até à Póvoa de Santa Iria, em que os últimos quilómetros foram feitos a um ritmo elevado, apesar dos mais de 90 quilómetros percorridos e os mais de 2500 metros de subida acumulada que as pernas já contavam.
A chegada ao Jardim da Quinta da Piedade foi em grande e com a sensação de ter cumprido mais um desafio a que me tinha proposto e sem quedas e sem avarias mecânicas, o que é sempre salutar.


A organização continuava a dispor da mesa com muitas frutas, líquidos e bolos para que à medida que os participantes fossem chegando, fossem repondo algumas energias. Para quem quisesse havia a oportunidade para lavar as bikes e tomar um banho retemperador. Por mim, lavar a bike dispensei, mas não dispensei o banho, embora água estivesse fria, soube bem na mesma.
Aproveito para agradecer a extrema simpatia de todos os membros do TNT-CPCD, que se mostraram incansáveis em proporcionar um excelente dia de BTT a todos quantos aceitaram o desafio por eles lançado.

domingo, 1 de novembro de 2009

Volta ao reino do algodão

No último dia de Outubro fui dar uma voltinha para descomprimir um bocado. Inicialmente tinha previsto uma volta relativamente curta pela nossa Arrábida, mas com o desenrolar dos quilómetros a ideia foi-se alterando.

Saí de casa cerca de 9h e não se via um palmo à frente dos olhos tal era o nevoeiro que se fazia sentir. Comecei a rolar suavemente até Palmela, onde tive o primeiro contacto com o reino do Algodão, embora que ainda meio tímido. Resolvi subir os moinhos e aqui apanho com um passeio organizado por não sei bem quem, mas que eram muitos, lá isso eram. Segui em direcção ao Cai de Costas, e quando estou mesmo no topo chegou a comprovação de que estava a entrar oficialmente no dito reino.
Para onde quer que olhasse o que se via era o que a imagem mostra. As localidades que se costumam observar num dia limpa pura e simplesmente tinha sido engolidas pelo reino do algodão.

Deixei o Sobe e Desce e segui em direcção ao Moinho dos Cucos, para depois rumar ao Parque de Campismo do Barreiro, onde abasteci de água. Daqui acabei por subir o resto do estradão até apanhar a descida que dá acesso ao portão interior do CEADA. Daqui sigo para o Parque de Merendas do Alambre, donde rumei até às proximidades da Aldeia da Piedade. Ora estando aqui e estando perto das Terras do Risco, nem pensei duas vezes, indo já com ela fisgada de subir até à Varanda e apreciar a paisagem. Qual não é o meu espanto quando vejo a enorme imensidão deste reino de algodão, qualquer coisa como mais de 20.000 léguas.

O que outrora seria o Oceano Atlântico, hoje era um tapete de algodão.

A Cube também quis aparecer na fotografia, a primeira foto oficial dela no terreno.

Depois se ter arregalado a vista pensei "já que estou tão perto de Sesimbra vou lá fazer o single do Castelo". Se assim o pensei ainda mais de pressa me pus a caminho, e quando dei por mim, já estava no castelo, onde mais uma vez pude comprovar a imensidão do reino de algodão. Também chegava até estas paragens. Ora como os castelos ficam no topo dos montes, para sair de lá teria de ser a descer, e então o melhor é aproveitar o single da melhor maneira, e decidi ir até Sesimbra.

Já em Sesimbra, que fica mesmo lá no fundo, para de lá sair tinha de ser forçosamente a subir, e como os pneus 2.25 são um tanto ou quanto incompatíveis com o alcatrão, resolvi subir em direcção às pedreiras. Já quase no topo deu mais uma vez para comprovar a dimensão do reino de algodão.


Quando cheguei à estrada de alcatrão no Zambujal tinha duas opções, ou virava à direita e seguia para casa, ou virava à esquerda e ia comer um bifana ao Cabo Espichel. Ora, como estava já com uma traça dos diabos, fui até ao Cabo. Segui sempre que possível o mais encostado às falésias até chegar ao Farol do Espichel. Do outro lado encontrava-se o Santuário da Nossa Senhora do Cabo, onde aos fins-de-semana podemos encontrar as míticas bifanas, à venda nas roullotes de comes e bebes. Marchou uma bifaninha simples com uma Cola fresquinha, o que veio mesmo a calhar.

Já se fazia sentir o adiantado da hora quando de lá saí e segui pelas arribas até ao Meco, de onde depois optei por seguir em direcção a Alfarim, para daí rumar a casa, tendo sido a parte do percurso onde apanhei mais alcatrão. Cheguei a Santana e segui em direcção à aldeia das Pedreiras, para apanhar o estradão até Casais da Serra, onde lá cheguei só depois de passar mais uma vez pelas Terras do Risco, que são sempre agradáveis de se pedalar.

Depois de Casais da Serra foi o costume, estradão até ao Parque de Campismo do Barreiro, daqui pela estrada dos Picheleiros até ao cruzamento da Rasca para finalizar com o encanto da Comenda, que a esta hora (cerca das 15h) podia dizer que era só minha, completamente diferente do rebuliço das manhãs dos fins-de-semana. Na Comenda fiz uma última paragem para abastecer de água e segui até Setúbal onde cheguei com 6h20m de aventura (5h50 a pedalar) com 113 kms percorridos e um total de subidas acumuladas de 2200 metros. E eu que quando saí de casa tinha pensado em fazer só 30/40 kms.

Agora que venha o Challenge da Tomada dos Fortes.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Foros da Branca - Fátima - Foros da Branca

Depois de muitos convites feitos pelo grupo de BTT Já T'Agarro para os acompanhar nesta "peregrinação" até Fátima por estrada, este ano decidi aceitá-lo. Com o convite aceite da minha parte restava tentar recrutar mais pessoal para esta aventura, daí que tenha iniciado negociações com o Bruno e o Diogo com vista à participação de ambos. Diga-se que a tarefa foi um pouco demorada, pois fazer mais de 200 km de bicicleta em estrada não é para se encarar de ânimo leve, mas como eles não se negam a um bom desafio lá aceitaram.
A hora de partida estava programada para as 6h00 do dia 30 de Agosto. Às 6h10m recebo uma chamada do Bruno a dizer que estavam um pouco atrasados e que quando chegassem ainda tinham de substituir o pneu da bicicleta do Diogo. A partir deste momento liguei para o restante pessoal para os avisar da situação e sugeri que iniciassem a viagem mesmo sem nós, pois só lá para perto das 7h00 é que estaríamos em condições de iniciar a viagem.
Com a chegado dos atrasados foi altura de resolver o problema do pneu. Hora bem aqui começaram as aventuras. Tínhamos em mãos um pneu de boyaux que para o colocar era necessário colar o pneu ao aro. Depois de lidas as instruções lá avançamos para a substituição do pneu mas sempre com as instruções na memória a aconselharem a um tempo de repouso de 24 horas para que a cola fizesse o seu trabalho em condições. Depois de muita cola gasta e com os dedos cheios de cola lá demos por concluída esta etapa.
Era já perto das 7h30 quando nos fizemos ao caminho. Saímos da aldeia em direcção a Coruche pela N251. Em pouco mais de 35 minutos percorremos os 20 Km que separam a aldeia dos Foros da Branca da vila de Coruche, em que fomos sempre alternando na frente para que não nos desgastássemos em demasia. De Coruche seguimos pela N114 até Almeirim, localidades que distam entre si cerca de 35 Kms. A distância foi vencida em pouco mais de uma hora.
De Almeirim seguimos em direcção a Santarém e daí em direcção a Alcanhões, onde fizemos a primeira paragem para tomarmos um pequeno-almoço, já bem merecido. Terminado o pequeno-almoço seguimos caminho em direcção à N3, na qual aproveitamos o excelente alcatrão para descansar um pouco o corpo pois os últimos kms tinham sido um bocado vibrantes devido ao estado do alcatrão. Seguimos durante uns bons kms pela N3 até chegarmos a Pernes, onde tomamos a estrada N365-4 até à povoação de Malhou e daí seguimos na mesma estrada até Alcanena, onde uns momentos antes tínhamos passado numa ponte sobre o Rio Alviela e comentamos o facto de a água estar muito limpa e a possibilidade de no regresso lá pararmos para um banho refrescante. Depois de Alcanena ter ficado para trás seguimos em direcção a Casais Robustos e daí seguimos pela N243 até Minde onde fizemos a segunda paragem do dia, desta vez para uma retemperadora Coca-Cola.
Depois das colas bebidas fizemo-nos novamente ao caminho onde nos esperava a maior subida do dia e que atravessava a localidade de Covão do Coelho. Por esta altura o Bruno começava a acusar as duas colas que tinha bebido em Minde, que lhe provocaram uma paragem de digestão. Até Fátima foi sempre a arrastar-se com uma enorme má-disposição. Algum tempo depois chegávamos à Rotunda dos Pastorinhos e assentamos arraiais num café que se situava junto da rotunda. E por ali ficámos um bom tempo a descansar e aproveitámos para almoçar.
Finalizado o almoço e o descanso fomos até ao restaurante situado no outro lado da rotunda onde estavam a almoçar o elementos do grupo Já T'Agarro só para os cumprimentar e dizer que estava tudo bem connosco. Daqui seguimos até ao santuário onde o Bruno foi colocar uma velinha para o ajudar a chegar em condições a casa e onde tirámos a foto de grupo.


Cerca das 14h iniciámos o caminho de regresso ao ponto de partida. Esperava-nos 110 kms debaixo de um sol abrasador (segundo alguns entendidos foi um dos dias mais quentes do ano). Seguimos em ritmo calmo e fizemos um percurso tipo comboio regional, parámos em quase todas as tascas e fontes que encontrámos. Depois de termos passado por Alcanena chegámos ao bendito rio Alviela onde ficámos de molho por uns bons minutos. Seguimos até Almeirim sempre num ritmo baixo, pois o acumulado de kms e subidas já se começavam a fazer sentir e de que maneira nas pernas. Em Almeirim fizemos mais uma paragem, desta feita para lanchar. Depois arrancámos em direcção a Coruche mas antes de lá chegarmos tivemos uma paragem forçada na subida da Raposa devido às cãibras que o Bruno começava a apresentar. Durante esta paragem chega junto de nós o Hélder Dimas do Grupo Já T'Agarro a perguntar se estava tudo bem. A pouco mais de 40 kms do fim da viagem decidimos continuar recusando desta forma a oferta que o Hélder nos tinha feita de nos transportar até ao final na carrinha.
Depois de o Bruno ter recuperado lá prosseguimos em direcção a Coruche onde fizemos uma última e breve paragem para mais uma Cola. Já só nos faltava 20 kms para o final e aqui seguimos por uma estrada alternativa à que tínhamos usado de manhã de modo a evitar o sobe e desce que a mesma apresentava. Assim seguimos em direcção a São Torcato por uma estrada quase sempre plana e em bom estado. Na aldeia de S. Torcato, na única subida que havia, as cãibras voltam a atacar o Bruno, o que obrigou a mais uma paragem forçada já com a noite a cair. Depois de vencida mais uma vez a luta contra as malditas cãibras lá fizemos os últimos kms em bom ritmo e chegamos ao ponto de partida já com noite cerrada e com 220 kms percorridos em cerca de 13 horas de tempo total com um acumulado de 1800 metros. Depois de arrumadas as bicicletas fomos até ao café para mais uma bebida e depois cada um para seu lado, que é como quem diz o Bruno e o Diogo de carro até Setúbal, enquanto eu ainda tinha mais 4 kms de bike pela frente.

Foi um dia bem passado.

Rescaldo Idanha a Nova/Zarza la Mayor 2009



Este ano eram para ser quatro mas foram apenas dois os membros M.P.M. presentes neste evento. O Pedro Cabrito e Paulo Santos ficaram de fora por motivos pessoais. Estava uma manhã fria para o que se fazia esperar, eram boas noticias para os dois atletas que decidiram enfrentar os longos e duros quilómetros que ligavam ida e volta Idanha a Zarza la Mayor. Eram muitos os participantes presentes e logicamente a confusão por um lugar na frente da partida era muita. Começou por uma descida longa em calçada que iria ser a penosa chegada a meta. Transito muito condicionado pelas centenas de participantes, mas depressa começou a dissipar e a haver liberdade de movimentos pelos trilhos. Eram muitas as zonas técnicas com descidas e subidas íngremes, sempre debaixo de um nevoeiro abençoado que escondia o calor habitual naquela altura do ano. Na chegada a Zarza la Mayor, estava o nosso apoio, Pedro Cabrito que nos ajudou a reabastecer para não perdermos muito tempo. Logo arrancamos em direcção a Portugal que não demorou muito, eram cerca de 5/6 km a descer em estrada onde nos cruzávamos com os participantes que ainda faziam por chegar a Espanha. O cansaço começava a fazer se sentir, mas continuávamos a rolar rápido e a manter-nos nos primeiros 30 lugares. Até que começou a parte azarada do dia, o Diogo Facas teve três furos em cerca de 50km que nos fizeram perder imenso tempo e posições, valeu nos o espírito betetista para um companheiro nos ceder uma câmara que foi preciosa para chegar ao fim. A chegada foi dura com a subida em calçada até a meta, mas no fim para alem da valente dor de pernas vinha a alegria de mais uma feita, e que vinha a ser uma das melhores nos últimos tempo. Almoço e banhos estava óptimo sem nada a apontar. Parabéns ao Carlos Magro e a todo o staff envolvido que com certeza se empenhou muito para que todo corre se bem, e com certeza também para o ano o team M.P.M. estará presente.

75 Bruno André Frazão Pedro Atalaia Projecto MPM 445 06:26:34

76 Diogo Facas São Pedro Projecto MPM 235 06:28:03



domingo, 10 de maio de 2009

Maratona Idanha-a-Nova Zarza La Mayor

Foi este sabado que o Team MPM este presente em mais um evento, este talvez um dos candidatos quanto a nós o melhor do ano. Idanha está de parabens como tambem a organização liderada por Carlos Magro que como já vai sendo habito realizar eventos de enorme qualidade, quer em logistica como todo o resto.
Os presentes este ano foram Bruno Atalaia e Diogo Facas, esta maratona ficou marcada pela ausencia do Paulo por motivos pessoais e do Pedro por problemas de saude. Nos proximos dias será publicado o resumo da maratona como algumsa fotos.

Em breve tambem o resumo do raid Setubal-Quarteira com a autoria de Paulo Santos, e mais algumas novidades sobre o nosso equipamento que está a ser preparado.

Cumps.

Bruno Atalaia

quarta-feira, 29 de abril de 2009

IV Raide FPCUB

Em breve teremos disponível o rescaldo deste raide de 2 dias em que participaram os membros do Projecto MPM.

Enquanto o rescaldo não sai podem ver algumas fotos em http://fotos.sapo.pt/paulo_mpm/playview/15

terça-feira, 14 de abril de 2009

V Maratona Trilhos e Courelas - Vendas Novas

Teve lugar no passado dia 5 de Abril a quinta edição da Maratona Trilhos e Courelas, na cidade de Vendas Novas.
A organização esteve a cargo da associação ADN Trilhos, a qual já nos vai habituando com a eficácia em termos logísticos, estando todos os locais essenciais ao bom desenrolar da maratona todos muito próximos.

Chegado a Vendas Novas dirigi-me para os parques de estacionamento destinados aos atletas, muito amplos e de bom acesso. Estacionado o carro foi altura de ir ao secretariado para levantar o dorsal. Aqui, o tempo de espera foi curto (cerca de 5 minutos) devido em boa parte à boa organização, em que cada elemento sabia perfeitamente qual era a sua função. O saco este ano foi um pouco mais pobre comparativamente às edições anteriores contendo uns "flyers" de patrocinadores, uma barra de cereais, um sumo e a habitual t-shirt.
Despachada a questão do secretariado dirigi-me para o carro para começar a preparar a máquina e equipar-me. Já equipado fui fazer o aquecimento passando várias vezes pela linha de chegada, mas da prova de ciclismo que se realizou no mesmo dia para as categorias de escolas, cadetes e juniores.

Eram 8h55 quando me dirigi para a linha de partida, onde fiquei situado sensivelmente a meio do pelotão composto por cerca de 600 participantes. A partida para o aquecimento deu-se 5 minutos depois da hora prevista (9h05) onde se percorreu várias ruas de Vendas Novas até entrarmos nas instalações do quartel de infantaria, onde viria a ser dada a partida oficial para a maratona. Foi aqui onde encontrei o único ponto negativo da maratona. A recta de partida era muito estreita o que dificultou em muito o desenrolar dos primeiros metros com o pelotão muito compacto.

O percurso deste ano foi muito idêntico ao da quarta edição embora em sentido contrário. Até aos 65 kms de prova, o traçado foi sempre muito rápido, bem marcado, praticamente sem dificuldades técnicas e com muitas travessias de ribeiros, que até sabiam bem com o calor que se fazia sentir.
Os últimos 17 kms foram mais puxados com zonas onde imperavam a pedra solta e barrancos com grandes declives tanto a descer como a subir. Nesta altura já as forças me começavam a faltar devido em parte à má gestão do esforço nos primeiros quilómetros e também há constipação que carregava.

No final cheguei em 23º tendo melhorado o meu tempo em relação à edição de 2008 em cerca de 10 minutos mas descendo 7 lugares na geral.
Os banhos foram nos balneários das piscinas municipais e com água quente, o que é sempre bem vindo. Quanto ao almoço não me posso pronunciar, pois almocei em casa.

Em conclusão merecem destaque o secretariado rápido e eficaz, a zona do parque de estacionamento perto de todos os locais importantes, banhos com água quente, lavagem das bikes com mangueiras com fartura e a hora de partida com pouco atraso. Como negativo apenas o local escolhido para a partida oficial que era demasiado estreito para o número de atletas presentes.
Caso o percurso da sexta edição for diferente dos anteriores estarei mais uma vez presente.

Paulo Santos

IV Raide BTT - Setúbal - Odemira - Quarteira

É já este fim de semana que vai ter lugar o IV Raide BTT - Setúbal - Odemira - Quarteira, que vai ter inicio em Troia logo pela manhã. Do team M.P.M. vão alinhar os habituais quatro elementos, Bruno Atalaia, Paulo Santos, Pedro Cabrito e Diogo Facas com o apoio da Bike Zone de Setúbal.
Logo que possível vamos por a disposição os tracks de GPS como também o resumo de ambas as etapas e do evento em si.

http://www.fpcub.pt/raide2009/

Para breve também o resumo da maratona de Vendas Novas que contou com a presença do elemento Paulo Santos que mesmo não estando nas melhores condições físicas fez a 23ª posição da geral.


Cumps.

M.P.M. Team