Era já perto das 7h30 quando nos fizemos ao caminho. Saímos da aldeia em direcção a Coruche pela N251. Em pouco mais de 35 minutos percorremos os 20 Km que separam a aldeia dos Foros da Branca da vila de Coruche, em que fomos sempre alternando na frente para que não nos desgastássemos em demasia. De Coruche seguimos pela N114 até Almeirim, localidades que distam entre si cerca de 35 Kms. A distância foi vencida em pouco mais de uma hora.
De Almeirim seguimos em direcção a Santarém e daí em direcção a Alcanhões, onde fizemos a primeira paragem para tomarmos um pequeno-almoço, já bem merecido. Terminado o pequeno-almoço seguimos caminho em direcção à N3, na qual aproveitamos o excelente alcatrão para descansar um pouco o corpo pois os últimos kms tinham sido um bocado vibrantes devido ao estado do alcatrão. Seguimos durante uns bons kms pela N3 até chegarmos a Pernes, onde tomamos a estrada N365-4 até à povoação de Malhou e daí seguimos na mesma estrada até Alcanena, onde uns momentos antes tínhamos passado numa ponte sobre o Rio Alviela e comentamos o facto de a água estar muito limpa e a possibilidade de no regresso lá pararmos para um banho refrescante. Depois de Alcanena ter ficado para trás seguimos em direcção a Casais Robustos e daí seguimos pela N243 até Minde onde fizemos a segunda paragem do dia, desta vez para uma retemperadora Coca-Cola.
Depois das colas bebidas fizemo-nos novamente ao caminho onde nos esperava a maior subida do dia e que atravessava a localidade de Covão do Coelho. Por esta altura o Bruno começava a acusar as duas colas que tinha bebido em Minde, que lhe provocaram uma paragem de digestão. Até Fátima foi sempre a arrastar-se com uma enorme má-disposição. Algum tempo depois chegávamos à Rotunda dos Pastorinhos e assentamos arraiais num café que se situava junto da rotunda. E por ali ficámos um bom tempo a descansar e aproveitámos para almoçar.
Finalizado o almoço e o descanso fomos até ao restaurante situado no outro lado da rotunda onde estavam a almoçar o elementos do grupo Já T'Agarro só para os cumprimentar e dizer que estava tudo bem connosco. Daqui seguimos até ao santuário onde o Bruno foi colocar uma velinha para o ajudar a chegar em condições a casa e onde tirámos a foto de grupo.
Cerca das 14h iniciámos o caminho de regresso ao ponto de partida. Esperava-nos 110 kms debaixo de um sol abrasador (segundo alguns entendidos foi um dos dias mais quentes do ano). Seguimos em ritmo calmo e fizemos um percurso tipo comboio regional, parámos em quase todas as tascas e fontes que encontrámos. Depois de termos passado por Alcanena chegámos ao bendito rio Alviela onde ficámos de molho por uns bons minutos. Seguimos até Almeirim sempre num ritmo baixo, pois o acumulado de kms e subidas já se começavam a fazer sentir e de que maneira nas pernas. Em Almeirim fizemos mais uma paragem, desta feita para lanchar. Depois arrancámos em direcção a Coruche mas antes de lá chegarmos tivemos uma paragem forçada na subida da Raposa devido às cãibras que o Bruno começava a apresentar. Durante esta paragem chega junto de nós o Hélder Dimas do Grupo Já T'Agarro a perguntar se estava tudo bem. A pouco mais de 40 kms do fim da viagem decidimos continuar recusando desta forma a oferta que o Hélder nos tinha feita de nos transportar até ao final na carrinha.
Depois de o Bruno ter recuperado lá prosseguimos em direcção a Coruche onde fizemos uma última e breve paragem para mais uma Cola. Já só nos faltava 20 kms para o final e aqui seguimos por uma estrada alternativa à que tínhamos usado de manhã de modo a evitar o sobe e desce que a mesma apresentava. Assim seguimos em direcção a São Torcato por uma estrada quase sempre plana e em bom estado. Na aldeia de S. Torcato, na única subida que havia, as cãibras voltam a atacar o Bruno, o que obrigou a mais uma paragem forçada já com a noite a cair. Depois de vencida mais uma vez a luta contra as malditas cãibras lá fizemos os últimos kms em bom ritmo e chegamos ao ponto de partida já com noite cerrada e com 220 kms percorridos em cerca de 13 horas de tempo total com um acumulado de 1800 metros. Depois de arrumadas as bicicletas fomos até ao café para mais uma bebida e depois cada um para seu lado, que é como quem diz o Bruno e o Diogo de carro até Setúbal, enquanto eu ainda tinha mais 4 kms de bike pela frente.
Foi um dia bem passado.