segunda-feira, 17 de maio de 2010

Maratona Trilhos da Charneca 2010 - Coruche

Decorreu este fim-de-semana mais uma edição da maratona Trilhos da Charneca, organizada pelo grupo Cracks do Pedal da bela Vila de Coruche.

Para não fugir ao habitual, mais uma vez o Diogo veio para uma maratona com a bicicleta ainda por afinar (faltava apertar os cabos das mudanças e respectiva afinação), além de me ter ligado já perto da meia-noite de Sábado a perguntar como é que se instalavam uns Transfil Mud Lovers.
Entretanto a hora de partida aproximava-se e tanto o Bruno como o Diogo ainda não estavam equipados. À última hora lá se foram equipar, tendo eu ficado a terminar a afinação das mudanças. Não há meio destes dois aprenderem a fazerem as coisas com pés e cabeça.

Às 9h10 dirigi-me para a linha de partida. Escusado será dizer que já tinha o pessoal todo à minha frente. Fui falando com pessoal conhecido que ia encontrando, entre eles o Gonçalo "Prigoso" Cabecinhas dos Strix e o Manuel "Padeiro" Cardoso dos Já T'Agarro.

Foi junto do Manuel que rolei os primeiros metros da maratona, nas calmas e na conversa até à entrada da primeira subida selectiva. Aí arranquei subida acima e quando chego ao topo engarrafamento, pior que o IC19 em hora de ponta, para entrar num single. Umas voltas dentro da Vila para o pessoal se dispersar era bem vinda, pois atenuava (ou não) este congestionamento.

Os primeiros quilómetros foram feitos em estradão largo (à excepção do tal single), o que permitiu alongar o pelotão. À medida que o tempo ia passando, passei pelos vários elementos do Grupo Já T'Agarro (iam todos para a meia-maratona) e lá segui o meu caminho em busca do Bruno e do Diogo, que resolveram adiantar-se para evitar a confusão da primeira subida.

Acabei por me encontrar com o Diogo já devíamos ir com cerca de 8Km percorridos, e pouco depois apanhei o Bruno e ainda andámos junto durante alguns quilómetros. Numa zona mais rápida segui o meu caminho e fui passando o pessoal que ia encontrando. De vez em quando aproveitava a aproximação a alguns grupos para ir na roda, mas nunca por muito tempo, pois sentia-me muito bem.

À passagem pela Vila Nova da Erra, a roda de trás começa a perder pressão devido a uma pancada mais forte que fez com que o pneu descolasse um pouco do aro. Fui obrigado a parar e a encher o pneu, o que fez com que perdesse em 3 minutos algumas posições. Depois de arrancar foi novamente altura de ganhar o ritmo com que vinha e tentar recuperar os lugares perdidos. Inicialmente não se mostrou uma tarefa muita fácil, pois parecia que as pernas não queriam ganhar rotação, mas passados uns 4 ou 5 minutos já ia novamente em velocidade de cruzeiro e é então que entramos naquela que foi a subida mais complicada para muitos (devido à muita areia solta), e ao mesmo tempo aquela em que podia recuperar lugares mais depressa. É verdade, se para uns andar na areia solta é uma dor de cabeça, para mim é bastante vantajoso pois consigo-me safar muito bem nesse tipo de terreno.

Seguiu-se a Lamarosa onde cheguei na companhia do Miguel da Ribabike, que foi o meu colega de pedaladas durante alguns quilómetros (durante os quais teve direito a dois encontros imediatos com o chão), quilómetros esses já meus conhecidos, pois rolava-mos pelos mesmos trilhos da prova de estafetas organizada pelos Strix em Dezembro do ano passado. Ele foi seguindo à risca os conselhos dados pelo colega de equipa que ficou para trás um pouco antes da Lamarosa (seguir na minha roda), mas numa subida longa em estradão foi incapaz de me acompanhar.

Daí até ao final forcei um pouco mais o ritmo, tendo passado mais 3 ou 4 participantes da distância rainha o que me fez terminar em 9º/10º (falta aguardar que saiam as classificações finais).

Em relação ao percurso, só tenho a realçar a excelente escolha do mesmo, com singles muito bons, as passagens no topo dos montes também eram espectaculares, muito bem marcado com sinalização de perigo em todas as descidas mais complicadas. Na zona que é, era muito difícil fazerem melhor. Espectáculo mesmo. Os abastecimentos pareceram-me bem fornecidos, embora só tenha parado no da Lamarosa para uma água. Os postos de controlo tinham umas placas a avisar da sua proximidade. Pena foi a distância entre o 1º e o 2º posto de controlo muito grande, bem como do 1º para o 2º posto de abastecimento. Pelo que soube, houve pessoal que se viu aflito com a falta de água. Já a distância entre os 2º e 3º postos de controlo/abastecimento foi extremamente curta.

Os banhos, como é habitual nos eventos realizados na Vila de Coruche, foram no pavilhão municipal. Encontrei-os limpos e com água quente, o que é sempre agradável. Não fiquei para almoçar, por isso não tenho opinião sobre o mesmo, nem sobre a entrega de prémios.

Para o ano podem contar comigo. Cada vez estou mais satisfeito com os eventos de BTT organizados pelos grupos do concelho de Coruche, quer sejam os dos Já T'Agarro, StrixTeam, Cracks do Pedal, BTTErra.

Agora é esperar pelo próximo evento organizado por um destes grupos.

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